easymatica.com.br

Um ângulo matemático que evita a hérnia de disco

Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, pelo menos 37% da população brasileira convivem com algum tipo de dor gerada pela má postura ao manusear aparelhos de celulares.

Pesquisa realizada pela fundação Getúlio Vargas estimou 420 milhões de celulares ativos em 2019.

Ou seja, a muito tempo os celulares ultrapassaram a população do Brasil. É bem provável que neste momento você esteja lendo este poste usando o seu celular.

O grande problema está na forma que você está usando.

A ortopedista do Grupo Notedrame Intermédica, Liége Mentz-Rosano, explicou que o uso do celular faz com que a pessoa fique em uma posição viciosa, levando o pescoço a fazer uma flexão, que eleva o peso carregado pela região.

“Quando ficamos em uma posição neutra de zero graus, é exercida uma força de cinco quilos. À medida em que vamos dobrando o pescoço e fazendo uma curva, o ângulo aumenta e a pressão exercida ao chegar em 30 graus será de 18 quilos. Aos 60 graus, chega em 30 quilos”, destacou.

Segundo Liège, isso leva à sobrecarga nos discos, que são como borrachinhas entre cada vértebra, que servem como amortecedores para evitar lesões quando são feitos movimento de impacto, além de serem fundamentais para a mobilidade.

“Essas lesões causadas pelo uso excessivo do celular podem levar à degeneração do disco, que vai formando uma barriga, que nada mais é do que a hérnia de disco. Essas hérnias podem resultar na compressão dos nervos, ocasionando perda de força, formigamento braços, artrose precoce nas pessoas mais jovens, degeneração não só no disco, mas na parte óssea”, disse Liége.

A médica explicou ainda que muitas vezes as lesões da cervical podem levar o indivíduo a sentir dores fortes de cabeça, sem associar os fatos. “Muitas vezes as pessoas têm dor de cabeça e não sabem que é do pescoço.

Temos inclusive, visto um aumento grande na incidência de pessoas mais jovens, adolescentes, jovens adultos e até crianças que relatam dor no pescoço e dores de cabeça por conta da lesão.”

A MATEMÁTICA SEMPRE TEM UMA SOLUÇÃO

Se você chegou até aqui é óbvio que está se perguntando, e o ângulo matemático que evita tudo isso?

Você viu que o grande problema está no mal uso do aparelho. O seu smartphone deve estar apoiado em alguma superfície sólida em um ângulo favorável.

O seu notebook por exemplo, dificilmente você o usa com a tela reta. Você inclina a tela aproximadamente em um ângulo de 45°.

E é exatamente em um ângulo de 45° que o seu celular vai ficar usando um suporte de origami.

Com uma folha de papel quadrada e com gramatura de 90g/m² você consegue fazer um suporte que irá durar por meses e assim que começar a deteriorar, você poderá fazer outro.

Seus custos tendem a zero e os benefícios ao infinito.

Um simples objeto de origami vai evitar que você incline o pescoço por tempo prolongado e evitar dores que podem se agravar com esse uso incorreto do celular.

Você pode aprender a fazer esse suporte procurando no grupo Dobraduras & Matemática no Facebook.

E pode também usar todo esse contexto para instigar o seu aluno a aprender matemática.

Já parou para pensar? Como uma folha de papel dobradas algumas vezes suportaria um celular? Quais são as características desse suporte que o faz suportar um celular? Como eu descubro esse ângulo de 45°? Que matemática podemos retirar desse suporte?

Esses questionamentos vão instigar o seu aluno a encontrar respostas e nessa busca surge o aprendizado.

Essa é uma forma muito eficaz de chamar a atenção do seu aluno para um problema do cotidiano e a partir desse problema surge a discussão matemática.

O processo de ensino e aprendizagem nessa contextualização fica mais dinâmico, objetivo e com participação efetiva do aprendiz.

Se você quiser conhecer mais sugestões, atividades e estratégias como essa, acesse os links abaixo e saiba mais...

Aperfeiçoamento Dobraduras & Matemática

Aperfeiçoamento Inteligência Emocional e Matemática

Fontes. EBC Agência Brasil, PNS Pesquisa Nacional da Saúde 2013 e Fundação Getúlio Vargas.

Primeira foto portal G1.